25/03/2015

Dia do Revisor e Poema de revisão

O Dia do Revisor é 28 de Março.

Quadras

Hoje é o Dia também
do ofício que eu adoro.
Neste Blog, comemoro 
o que me faz muito bem.

Aos escritores, saúdo
com votos de boa-sorte!
São eles um lado forte
de tom e sentido agudo.

1 Passagens abrangentes
Décimas com versos de 7 sílabas e rimas ABBAACCDDC.

1.1 Vocação e sonho da Arte

Vocação

      a) Invocação divinal
Rogo a Deus em um bendito
que me dê mais proteção
para eu dar nova impulsão 
a outro assunto e seu fito.
Dito, feito, feito e dito:
"Nasceu mais um revisor".
Lembro autora, lembro autor
com seus trabalhos ecléticos.
Mas falo em termos poéticos
para agradar ao Leitor.

      b) Tino revisório
Quis o Destino que eu
mudasse de profissão,
para fazer correção
em livro que não é meu.
A Natureza me deu
o dom de compreender
o que o autor quer dizer:
pela sua redação,
sei estímulo, sei razão
que o leva a escrever.

Sonho

      a) Elementos de entusiasmo
O calor da homenagem,
o perfil da revisão,
a obra em alusão
e figura de linguagem 
todos entram na contagem
dos escritos prediletos;
vão ilustrar os projetos
da Humanidade terrena.
E a Terra toda é pequena
para estes versos seletos.

      b) Pretensão gramatical
Quero imitar um gramático,
sabendo regra de tudo,
renovando conteúdo
de teórico para prático.
Sou revisor "burocrático”
pela Metodologia.
Entro na ortoepia,
na semântica, na linguística;
mantenho a característica;
dou regra à ortografia.

      c) Sonho possível
Livro e monografia,
tese e dissertação,
artigo e redação,
uma autobiografia;
jornal, revista, poesia — 
tudo é bom que seja olhado.
Em mais de um..., tenho achado
erro que eu não deixaria,
se, enquanto o autor fazia,
eu tivesse revisado.

2 Estilo de revisão
Sextilhas com versos de 7 sílabas e rimas ABCBDB.

      a) Perfeição 
Quero um estilo perfeito:
meu trabalho é conferido;
quando a frase está confusa,
dou-lhe clareza e sentido.
É o escritor exigente
meu cliente preferido.

      b) "Na ponta da língua"
Não falo a regra, perdido;
não sou a lua que míngua.
Conserto erro em palavra
como se cura uma íngua.
E a minha resposta é
dada "na ponta da língua".

      c) "Sem errada"
Tiro os erros de "coríngüa"¹:
sai acento, u e trema.
Sou como dicionário,
que dá sentido e fonema.
(Só fiz esse nome errado
pra rima deste poema.)
      ¹ O certo é "coringa".

Notas:
1) Poesia do meu entusiasmo constante com a arte ou técnica da revisão, que resolvi divulgar em torno do Dia do Revisor de Textos.
2) Parece também uma seção de marketing pessoal, visto que aproveito a ocasião para divulgar o meu jeito de ser ou fazer em relação ao que chamo "esse ofício".
3) Não homenageia revisores: faz referência ao estilo de correção–revisão–copidescagem que tenho feito, vocação pressentida, pretensão e "boa-vaidade", relação amistosa com escritores e alguns detalhes, bem como algumas linhas gerais. Propaga o meu encantamento com essa atividade.
4) O Dia 28 de março é também Dia do Diagramador. 
Acesso em: 25/03/2105.

24/03/2015

A Quem se destina este blog

Público específico:
a) Toda pessoa que precisa de correção textual, gramatical, ortográfica.
b) Estudante que vai fazer monografia, dissertação, tese e mais algum trabalho acadêmico.
c) Pessoas ligadas ao mundo da poesia, escrita, leitura, revisão, bem como ambiente universitário e escolar.

23/03/2015

Detalhamento do serviço ofertado

Preliminar 
1 Correção gramatical Ortográfica a ser feita no texto
2 Revisão gramatical Redacional e metodológica Científica a proceder no texto 
3 Copidesque ou Copidescagem do texto como peça e conjunto da obra a ser publicada
4 Ressalva ética 
5 Considerações intercaladas 
6 Controle da máxima qualidade 
6.1 Quarta revisão
6.2 Grau de satisfação
7 Sobre os autores e obras revisadas
Autocrítica deste revisor

Preliminar 

A trilogia CRC "ascendente" e quase natural é a seguinte: Correção ortográfica, Revisão do texto e Copidesque ou Copidescagem.

Vamos descrever agora cada fase dessas, didaticamente e procurando indicar sua evolução paulatina, tanto aqui quanto para o ato de fazer o serviço. 

Cabe dizer: a Correção é quase inseparável da Revisão (ou existe uma interseção entre ambas) de tal monta que se torna lamentável deixar um texto sem uma ou sem a outra.

Correção é vocabular e ortográfica, Revisão é gramatical e metodológica, Copidesque ou Copidescagem é conceitual e ideológico(a). 

1 Correção gramatical Ortográfica a ser feita no texto

Interessa a Ortografia e a Morfologia das palavras. É um estágio vocabular pela Norma Culta, que inclui a Gramática Normativa, Nova Ortografia ou Acordo Ortográfico de 1º/jan./2016, Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp ou VOLP) e não precisa dizer: um dicionário. 

Verificamos palavras e locuções de toda espécie: nominal, verbal, adverbial, adjetiva, conjuntiva, etc.; esses elementos estão dentro da frase, onde são vistos um pouco isolados ou fora do seu contexto.

Examinamos a acentuação da palavra e a conjugação verbal: de tudo, a "palavra correta". Somos um seguidor de normas, tão obediente como impedido de criar alguma coisa que passe além da conta ou da regra. 

Na Correção, somos apenas um "técnico" (mesmo de nível superior): portanto, corrigimos nos mínimos detalhes o que foi escrito ou redigido.

Adotamos como unidade de intervenção máxima uma frase ou algumas.

Concordamos com quem diz que a Correção ortográfica dispensa revisor de texto: bastaria um esquema de revisão automático (on line), dicionário, junto ao bom traquejo da linguagem, para resolver a questão. No entanto, um problema está nos homônimos, que essas fontes não diferenciam no texto; outro é que precisa evitar cacofonia, som sibilante (muita letra com som de s") ou ruidoso (muito perto), ou fricativo (muito f e v), e outros, e ainda algum termo impróprio ou inadequado ou que mude o sentido da frase. 

2 Revisão gramatical Redacional e metodológica Científica a proceder no texto 

É a conhecida "revisão além da Correção". Digamos que seja essa a "revisão de texto" propriamente dita e a mais procurada, notadamente para livro, artigo e monografia. É toda oracional ou redacional, segundo a "norma culta"; e metodológica científica, de formatação digital, seguindo as "normas técnicas". Importa-lhe a Sintaxe, a Semântica, a Metodologia Científica (também chamada Redação Científica). 

É feita de acordo com a Norma Culta, com as técnicas de redação da Língua Portuguesa e com Português Instrumental. No caso de documento oficial, como regimento e relatório, segue-se a redação oficial ou comunicação administrativa, manual de correspondência ou manual de redação do Órgão correspondente —, considerando que a Gramática não é unânime em determinadas regras. 

Faz interferência que visa melhorar o texto. Vale a palavra pertinente, o termo e a linguagem apropriados ou "adequados", e não apenas corretos. Também saímos da acentuação e entramos na pontuação para não alterar o sentido da frase. 

Na Revisão, como no Copidesque (sinônimo de Copidescagem), aplicamos a Metodologia Científica, segundo Joaquim Severino, Lakatos, Marconi, outros metodologistas e consoante a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) (grifo nosso), incluindo a formatação do texto na página digital e do papel. No caso da Universidade, segue-se principalmente o seu manual de monografias ou trabalhos acadêmicos — visto que a Metodologia não é pacífica em algumas regras. 

Pode atingir termo, frase, parágrafo ou trecho pequeno; fazemos isso por meio de corte, substituição, exclusão, acréscimo, inversão ou deslocamento. 


Não podemos subir a uma forte intervenção, mas já entramos em uma fase com pequeno retoque, ajuste, encaixe, adaptação, remanejamento, inclusão, exclusão, ampliação. Mexemos uma porção a mais que na fase anterior (de corrigendas). 


Adotamos como unidade de intervenção máxima um parágrafo ou alguns.


Nesse estágio, o texto já deve receber orientação que lhe atribua melhor fluência, faça-o coerente, com encadeamento lógico, ser conclusivo com lógica de raciocínio.


Logo, a fase da Revisão tem amplitude gramatical, oracional redacional, e vai também para análise sintática (nos termos e expressões da oração), pontuação, sonoridade que tira cacofonia; uso da crase obrigatória e facultativa, regência verbal e nominal, concordância, também verbal e nominal.


Mas tanto a Correção como a Revisão interferem apenas na forma de escrever o texto — uma, na estrutura das palavras e a outra, na técnica de redigir e na formatação do texto na página digital (virtual) e do papel onde se escreve; não mexem no conteúdo, isto é, nas ideias nem nos conceitos, nem argumentação. 

3 Copidesque ou Copidescagem do texto como peça e conjunto da obra a ser publicada

É a chamada "revisão com a reescrita": muito avançada e retroativa; confere, organiza e reescreve o texto com ou sem o autor, a partir da sua redação original, quase embrionária, e em seguida, avança até a sua forma e formatação definitivas, ainda que a obra não seja publicada, como também pode copidescar a obra já em fase de acabamento para publicação.

Entramos no campo conceitual, procurando ser um "analista" de conhecimento geral ou cultura diversificada. Vamos muito além do plano corretivo e das linhas revisórias. 

Cabe dizer aqui, a título de ilustração, que existe o verbo "copidescar" — transitivo direto, significando "fazer o copidesque ('revisão') de" — conjugado em todas as formas (Houaiss). 


O livro e algum texto diferente podem ter um conteúdo rico em argumentos e opiniões, conceitos e ideias. Mas agora passamos a ser "um primeiro leitor mais curioso" da obra, um observador metódico do trabalho acadêmico (semelhante a orientador extraoficial da pesquisa, respeitando-lhe a proporção curricular).


Lançamos um olhar penetrante ou concentrado sobre o "conjunto da obra", a fim de ver se descobrimos parágrafo sem nexo ou contraditório. Procuramos palavras muito repetidas e aproximadas a fim de substituir algumas. 


No Copidesque ou Copidescagem, tentamos achar os elementos metodológicos do "resumo" da obra: tema, questão, motivação, hipótese, missão, objetivo geral e objetivos específicos, método usado para fazer a pesquisa ou a experência, "referência teórica", referência bibliográfica (é diferente da referência teórica), "bibliografia" (que é diferente da referência bibliográfica), os autores mais consultados ou mais citados e resultados obtidos. Esboçamos uma noção panorâmica da obra, que vai desde a introdução até a conclusão (no caso de texto argumentativo) e considerações finais (em caso de texto apenas expositivo ou explicativo).


Então chegamos a sondar algumas hipóteses levantadas, descobrir a motivação do trabalho que foi escrito, a sua linha problemática e a parte sugestiva ou resolutiva apresentada, captar a missão e a mensagem transmitida, extrair da obra um paratexto que a ilustra, melhorar seu título, dos capítulos e das seções, além de outros elementos. (A motivação é um forte componente da obra.)


Examinamos argumentos, à cata de 4CClareza das ideias, Coerência dos argumentos, Concisão da prolixidade e Conclusão dos conceitos, dentre mais requisitos. Esse quarteto, por si só, incorpora muita consistência a uma peça literária, técnica, científica, redacional, acadêmica, administrativa e outra. Paramos aqui, mas ainda existe C de Coesão, Conexão, etc. 


Interpretamos o conteúdo. Ajudamos a apurar o fechamento, fazendo um balanço do que foi dito. Nessas linhas de atuação, transitamos no vaivém da Copidescagem, desde acessórios pré-textuais — passando pelo desenvolvimento em capítulos — até chegar aos acessórios pós-textuais. Já chegamos a reorganizar e reagrupar os capítulos, fazendo o encadeamento necessário. 


(São pré-textuais acessórios da obra que vão desde a epígrafe até o sumário; são pós-textuais aqueles que seguem depois da conclusão até o fim. Estão fora dessa conta os elementos da capa.) 

Conforme seja esse aprofundamento, passamos a ser um colaborador espontâneo e voluntário da obra. "Nunca nos achamos co-autor!". 

De posse do original, "reescrevemos o que pode ser refeito". Empregamos (ou melhor, temos utilizado) técnica de leitura, interpretação, conhecimento geral e habilidade que a temática requeira para dar-lhe alguma feição nova, alguma derivação pertinente, sem mexer no seu corpo original. É uma fase de aperfeiçoamento que nos dá muito gosto e possivelmente é gratificante para um autor. 

Logo, a Copidescagem chega a refazer trecho, seção e capítulo da obra (junto com o autor ou por conta do revisor); é sistemática, sistematizante; opinativa e intervencionista; é uma tarefa "organizacional e funcional". 

O Copidesque atua na linha redatora (ajudando a redigir) e na adaptação editorial para publicar o texto. Intervém no campo das ideias, conceitos, opiniões e argumentação; é criativa e propõe novo título para a obra, capítulos e seções; mexe na posição dos capítulos, faz remanejamento das seções, chegando a reorganizar as partes maiores e menores. Coloca remissão em um trecho para o leitor ver outra seção pertinente no corpo da obra, sugere citação de outro autor. No melhor sentido, é muito sugestivo ou, de bom humor, digamos que é "muito intruso". 

De modo parecido com o prefaciante, o Copidesque faz uma troca de ideias criativas com o autor; evidentemente precisa conhecer a matéria em revisão (ou "morar no assunto"), buscar senso crítico, desenvolver o sentido estético, ter certa cultura geral, a fim de apresentar sugestão. 

Adotamos como unidade de intervenção máxima uma página. Em todo caso, temos cuidado para não promover a intromissão. Mas a unidade máxima de interferência pode ser ultrapassada conforme nosso grau de envolvimento com a obra e seu autor(a).

4 Ressalva ética 

Convém repetir que essa trilogia revisória crc com seus designativos e descrição é uma "derivação ou suposta inovação nossa", da qual alguém poderá discordar. Mas é com a mesma que nós temos trabalhado e foi elaborada com base nas Técnicas da Revisão de Texto e na bibliografia de revisores, gramáticos e metodologistas. 

Cabe ressalvar que não devemos (não se deve) produzir texto para uma obra nem para um trabalho escolar nem acadêmico. Seu autor é quem vai desenvolvê-lo. Porém a "tentação" é grande no final, exigindo autocontrole a fim de obedecer a essa regra. 

A nossa linha ética ou mentalidade é do adágio "Não suba o sapateiro além do sapato", ou "da chinela", como na anedota 

5 Considerações intercaladas

A palavra mais conhecida e mais agradável dessa trilha corretiva, revisória e copidescada é a "revisão". Talvez, por isso, adote-se (adotem) comumente a locução "revisão de texto (ou de textos)" para se referir, quase indistintamente, aos três estágios que acabamos de descrever. 

A fase inicial, básica, elementar, chamada por nós de "Correção" é feita nas palavras e locuções, é o começo do processo revisório que fazemos, e não, do texto escrito pelo seu autor. Não se confunde em nada com a fase inicial, básica, elementar e original da elaboração de uma obra para cujo início a Copidescagem vai e onde se demora, examinando o texto originariamente; em seguida, volta ao ponto de partida onde recebeu o mesmo, revisando de novo, chegando até a reorganizá-lo com ou sem o autor quando isso lhe convém. 

Portanto, como Copidesque, vamos muito além da Correção ortográfica das palavras no texto (que fica só nos vocábulos, verbetes e locuções); passamos também da Revisão do texto, que é "oracional ou redacional" (relativa aos termos da oração e expressões) e da metodologia científica da pesquisa feita — bem como não deixamos passar falha da Correção nem da Revisão. Por isso, adotamos o controle da máxima qualidade. 

6 Controle da máxima qualidade 

A Perfeição pertence a outro mundo (algum parnasianista sofre com isso), a Qualidade Total é uma força de expressão em certo plano que convém para "zerar as falhas" (algum administrador trabalha com essa utopia de bom alvitre) e a Revisão em si mesma já deve atender a um anseio do autor para controlar o que ele escreveu (um revisor leva essa pretensão em alta conta). 

Da nossa parte, em meio a essa cogitação oportuna, o trabalho de revisor que oferecemos (ou que nos propomos fazer) para o público almejado tem o controle da "máxima qualidade", estendido nestas duas linhas de cuidado: 

6.1 Quarta revisão — verifica o texto de novo, tantas vezes quantas sejam necessárias, a fim de não deixar passar nenhuma falha (supostamente do autor, da editora, da gráfica, publicidade, correspondência, bem como da correção, revisão e copidesque, além de outra).

6.2 Grau de satisfação — mensurado após o trabalho pronto, por meio de "perguntas objetivas" ao escritor —, de cuja resposta, em geral, muito espontânea, extraímos ou percebemos o seu estado de contentamento; eis uma pergunta: "De acordo com a sua expectativa, o que ainda está faltando?"; não pedimos avaliação numérica de "zero a dez" e nem outra. Cabe dizer que a satisfação do autor reflete bem-estar de autorrealização íntima na mente deste revisor. 

7 Sobre os autores e obras revisadas

Após o nosso trabalho, alguns autores já disseram espontaneamente que "Você completou as minhas ideias", "Você acrescentou o que faltava no meu livro": isso já soa como reconhecimento. Além disso, outros elevam nosso nome a uma posição destacada na obra (como na página de Agradecimentos), fazendo alguma deferência a nossa pessoa.

Contudo, em vez de contar história ou falar mais a respeito dessa nossa atividade, recomendamos que seja lida a postagem Arte de revisar texto e Carta de revisor para escritor, além de outras (ver ARQUIVO DO BLOG e clicar no nome respectivo).


As obras do nosso portfólio (listagem de livros e textos revisados por nós) mostram bem o nível até onde avançamos na nossa atividade —, fazendo um comentário da obra, uma página à guisa de prefácio, uma epígrafe, uma anotação metodológica, síntese, além de outras participações especiais — todas como "acessórios" do Texto que entregamos revisado. 


Autocrítica deste revisor 

A experiência nossa diz que a revisão de um texto raramente chega ao fim, como também, que algum escritor perfeccionista não fica totalmente satisfeito. Porém existe uma faixa razoável e transparente, a que todos chegam e reconhecem a marca de um revisor "a caminho da perfeição". 

E outra: em qualquer estágio dos trabalhos (correção, revisão e copidesque ou copidescagem), por mais que nos "intrometamos", mantemos a ideia e a mensagem originais do Autor, "mexendo em suas ideias, mas não mexendo com a sua cabeça"; interferimos no conteúdo, mas não o alteramos e achamos a maneira certa de tangenciar o seu estilo. 

"Nisso consiste maior habilidade da Revisão", porque, se não for assim, pode se tornar desgastante em certo momento; quando o processo revisório não se harmoniza, ocorre o que se denomina "relação conturbada" entre autor e revisor. 

Em autocrítica bem-humorada, digamos que este "post quilométrico" tem muita conversa para pouca conversão e que "muito trovão é sinal de pouca chuva". Afinal de contas, a arte de revisar texto não requer genialidade; embora pareça privilégio de poucos, não é; mas deve ser cultivada com muito gosto refinado e precisa da paciência de um monge com a persistência de um sísifo — porque o seu resultado é pouco visível e não vem de imediato. 

E tem mais: no nosso caso, a clientela usuária é tão rara e seletiva como é a nossa preferência pelo ofício de revisor. Aliás, outra certeza é que essa atividade não é lucrativa para nós e foi sempre eventual; fazemos a revisão pelo gosto de fazê-la. 

E na prática, tanta "composição de escritório" assim como esta não importa muito ao escritor: o que mais lhe interessa é o trabalho benfeito, caprichado, impecável, por uma recompensa justa, razoável, condizente —, embora o "estilo, que inclui a maneira de fazer as tarefas" também seja fator determinante ou cause impacto decisivo na mente do usuário de um sistema de revisão textual. 

Ademais a exposição repetitiva desta matéria não passa de uma linha corrente "derivada por justaposição"; apenas tem o viés didático de fazer o leitor achar explicação fácil, cotejada, para alguma faceta ainda não contida em outra leitura pertinente. Sendo assim, em nova edição, podemos excluir ou modificar alguns trechos. 

Sempre fomos um revisor meticuloso, como também nos olhamos quase diariamente no "espelho da metodologia". Mas, quando começamos a trabalhar neste ramo, não tínhamos essa visão integrada para um guia tríplice, concepção metódica para abordagem sistêmica de uma revisão processual, nem a delimitamos assim, "da noite para o dia"; foi no vagar do tempo, com as obras revisadas por nós e o contato com os autores, que a montamos — enquanto íamos percebendo e preenchendo com anotações, por fora, esse "capítulo à parte", no serviço de oficina revisória ou na metodologia revisória de texto (não na metodologia científica). 

Mas agora é diferente: na forma subentendida ou subliminar, rascunhamos aqui alguma suposta contribuição para o campo metodológico da "mão de obra" de revisão textual juntamente com a oferta do serviço que fazemos para o público almejado nesse nicho (porção de negócio) da mercadologia. 

Um aparte na contramão da economia e mercado: parece que "a lei da procura e da oferta" (uma das mais importantes da economia) não funciona bem no mercado de revisão textual e que prevalece a melhor técnica, tendo, "por ironia mercadológica", o menor preço, o que seria uma razoável condição para ser contratada pelo setor público, mas temos pouca notícia de governo interessado no serviço: quer seja por meio do contrato de licitação, seja mediante concurso público; decerto essa lacuna mostra mais algum desinteresse ou exclusão, que, até hoje, não nos afetou; amanhã, ninguém sabe... 

Nota de revisão: o certo é "não ficar palavra isolada no fim da linha"; mas foram deixadas várias aqui (na postagem e à revelia dessa regra), porque surgiram depois da formatação do Blog (assim como em outras páginas (posts ou postagens).